A Prefeitura de São Miguel do Guamá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde – Sesau e da equipe da Vigilância em Saúde e Atenção Básica, vem reforçando as ações de combate à hanseníase durante o Janeiro Roxo, mês de combate à doença, em São Miguel do Guamá, nordeste do Estado.
Para marcar o mês de enfrentamento à hanseníase, a equipe da Vigilância em Saúde e Atenção Básica está realizando desde o início do mês diversas abordagens com os pacientes e seus familiares com o objetivo de dar visibilidade às ações de enfrentamento à doença.
Os profissionais da saúde também estão sensibilizando os participantes sobre a importância da busca ativa, com ênfase nas pessoas que foram infectadas após contato com doentes, além de menores de 15 anos de idade. A iniciativa tem como intenção prevenir, realizar diagnóstico precoce, tratamento oportuno, cura e enfrentamento ao estigma e à discriminação.
São Miguel do Guamá vem se destacando nas ações de combate à doença. É um dos primeiros municípios do nordeste paraense a realizar testes rápidos de apoio ao diagnóstico para pessoas que conviveram em nível domiciliar com pacientes contaminados pela bactéria.
Qualificação em saúde
E as ações em saúde não param. Na próxima terça-feira, 30, em alusão ao Janeiro Roxo, será realizada a qualificação “Manejo Clínico e Terapêutico da Hanseníase”, no auditório do Porto Futuro, das 8h às 17h. Os palestrantes são o enfermeiro Fernando Viégas, referência técnica em hanseníase, e a médica Mayara Silva, também referência técnica em hanseníase.
A capacitação é voltada para médicos e enfermeiros do município e tem parceria com a Coordenação Regional de Controle da Hanseníase, da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa).
Segundo o enfermeiro Helder Oliveira da Silva, diretor de Vigilância em Saúde de São Miguel do Guamá, o objetivo da programação, além de garantir acompanhamento adequado aos usuários em tratamento e suas famílias, é eliminar a hanseníase da realidade do município. “A hanseníase tem cura e o tratamento é todo disponibilizado gratuitamente pelo SUS”, reforça.
Ainda de acordo com o enfermeiro, o estigma e o preconceito continuam sendo os maiores problemas da doença enfrentados no Brasil e em São Miguel não é diferente”, destaca.
Balanço
Durante o mês de janeiro já foram realizadas no município: avaliações neurológicas simplificadas, nos casos de pacientes em tratamento; avaliações nas famílias, com a novidade da testagem rápida para detecção do bacilo; e capacitações para os profissionais da rede municipal de saúde.
Contaminação e sequelas
A contaminação ocorre pelo mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, podem levar à amputação.
Sintomas e tratamento
Caso apresente sintomas com manchas brancas ou avermelhadas, com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor ou tato; caroços e placas em qualquer local do corpo; e diminuição da força muscular. Procure imediatamente a UBS mais próxima!
Janeiro Roxo
O mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Hanseníase no Brasil
O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019, foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em pessoas com menos de 15 anos.
Texto: Decom/Prefeitura de São Miguel do Guamá